domingo, 16 de maio de 2010

À Helena de minha História

Fragmentos de minhas memórias.
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Ouso dizer que a Helena da história que hoje contarei tem umas pitadas de singeleza, como aquelas que Manoel Carlos põe quando cria as suas, e outras de força, semelhante a daquela que foi o motivo de uma guerra de proporções homéricas envolvendo gregos e troianos.
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A Helena de minha História talvez não imagine que lembro bem a primeira vez em que a vi. Tinha algo como três ou quatro poucos anos e, depois de todos aqueles dias da viagem que me trouxe do Rio de Janeiro até o Maranhão, não conseguia me concentrar em outra coisa que não fosse a sua mão.
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Isso porque havia nela algo delicioso e igualmente lindo. Estava envolto por dois papéis, um metálico e outro vermelho, e eu o ganhei. E assim ela me conquistava para sempre, isso porque minha regra diz que têm coração bom os adultos que levam um chocolate para presentear uma criança em seu primeiro encontro.
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De lá para cá, aquele vermelho, que para mim é a cor do amor, sempre se fez presente, fossem nas marquinhas de benção que ela deixou ao longo da História em minha mão direita, ou naquele creme que aparentava ser de morango, tinha sabor de graviola, mas que no final das contas era de murici. A alegria de nossa tarde!
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E alegria é uma palavra que define bem esta Helena. Alegria na força, alegria no amor ou mesmo alegria na dor. Todas essas características a ela que é mãe, sempre. Mãe, ainda que seja filha, irmã, tia, esposa ou avó. Família. São sorrisos, paz, abraços e amor, todos de mãe. Por isso, sinto-me novamente filha se é ao seu lado que estou.
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À Helena de minha História, uma das maiores admiradoras daquilo que algum dia pode vir a ser Literatura, dedico em palavras uma parte de minhas memórias como expressão de todo o amor, carinho e admiração que por ela sinto. Hoje, o dia em que ela aniversaria, sinto-me, assim como muitos, contemplada por este presente da vida.
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Tia Helena,
de todo o meu coração, desejo-lhe uma vida longa de alegrias.
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Um abraço imenso de sua sobrinha,
Camila Chaves

13 comentários:

Rayane disse...

menina de volta a ativa... ^^

Camila Andrade disse...

A história é linda e é tão bom ainda ter referências de pessoas reais né? As vezes temos tantas referências externas de tudo quanto é meio e esquecemos aquelas de perto.

Anh não se preocupe, estou aqui também! Andei sem tempo uma época, demoro às vezes pra escrever as vezes tenho idéias mas não tenho tempo, as vezes tempo mas não idéia rs .. Vamo que vamo !

Bjão

Unknown disse...

Lindo, lindo, nao tenho palavras...
Camila, sempre muito delicada e verdadeira... de sua mente genial saem palavras, frases que todos gostariam de expressar e que, de alguma forma, sempre nos proporciona momentos de emoção e descontração. Somos muito gratos por sua presença em nossas vidas também. Parabéns Camila. Bjos da
Titia.

Sonia Salim disse...

Sua história é linda, Camila, cheia de verdade e emoção. Parabéns, a você e a tão especial Helena de sua vida.

Natália disse...

tão bom poder voltar a ler teus textos. Sempre me deixa com um meio sorriso. =)

Rafael Ayala disse...

Aposto que de todos os presentes que ela recebeu, esse foi de longe o mais bonito.
Tenho a mesma grande certeza de que ela ficou contetíssima com a homenagem, com as belas palavras.

Eu andava verdadeiramente sentindo tua falta nesse nosso mundo de blogs. Tua escrita é única.
Não some de novo, espero que consiga aparecer por aqui pelo menos uma vez por semana. Faz bem pra muita gente.
Beijos e abraços
=]

Camila disse...

Éssi, eu quero daquele creme da tia Helena, aquele que tem várias faces, sabores, cores e tantas outras coisinhas. =P
E não é pra sumir daqui de novo, viu? Rum! ¬¬

Cheiro nesse cabelo cheiroso.
;***

Helena disse...

Camila como você é linda, só você com toda meiguice e delicadeza, poderia escrever palavras tão lindas,obrigada.Me emociono todas as vezes que leio sua mensagem, que sem duvidas foi o mais lindo presente que recebi.Um beijo no coração, te amo.

helô disse...

Camilinha, guria graciosa, suas histórias são como vc. to feliz de poder lê-las de novo! elas continuam me inspirando.

um gde beijo

fer b

Camila Chaves disse...

pessoas, em especial, tia helena,

fico muitíssimo feliz em saber que a volta à ativa do zine colorido veio para suprir a ausência que ele deixou quando parou.

lendo "cem anos de solidão", do gabriel garcía márquez, descobri uma admiração e uma coincidência incrível com um autor que escrevia para que seus amigos gostassem dele.

foi pensando em toda essa completude que resolvi voltar a escrever. as ideias nunca faltaram, a diferença é que agora elas voltam ao papel (leia-se tela).

abraços carinhosos e agradecidos, e até as próximas palavras.

Luriana disse...

Camilinha,
Deus te concedeu a arte de escrever. E além disso, ainda te deu de bônus uma sensibilidade não mais encontrada nas "pessoas" de hoje. Texto lindo, fiquei realmente emocionada. E já gosto da tia Helena.
Parabéééns, tudo lindo.
=D

Anônimo disse...

Querida Camila, que Deus te abençoe. Mais uma vêz me emocionei ao ler a linda homenagem,que você fez pra min no sue blogue,jamais vou esquecer. Obrigada, beijos

Helena disse...

Querida Camila, mais uma vez me emocionei ao ler a linda homenegem que você fez para mim no seu Blogger.Que Deus te abençoe, e obrigada por eu ser tão especial, para você.Você pra mim tambem é muito especial.Um beijo no coração.

 
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