Gamar é verbo ora transitivo indireto ora intransitivo que, segundo o dicionário, pode ser traduzido como paixão ou encantamento. Popularmente falando, é ficar louco, alucinado, com os quatro pneus arriados. Pouca gente sabe, porém, é que mais que um verbo formado por cinco letras, gamar tem também um sentido que se refere à transformação.
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Gamar é a sigla para Grupo de Arte Maria Aragão, que nasceu há sete anos no bairro da Cidade Operária. Atualmente o grupo é composto por trinta e cinco pessoas com faixa etária entre dois e vinte e cinco anos, que trabalham a arte como forma de transformação de uma difícil realidade.
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O idealizador do grupo, Wilson Chagas, na época professor de Educação Artística da escola Unidade Integrada Maria José Aragão, conta que, em suas aulas, começou a perceber que os estudantes tinham verdadeira aversão à disciplina que ensinava, além de uma grande dificuldade de leitura.
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Percebido tal problema, uma alternativa encontrada foi a de trabalhar a interdisciplinaridade. E assim, a sintonia causada pelo trabalho conjunto entre as disciplinas de Arte, Língua Portuguesa e História permitiu aos estudantes compreensão, contextualização e interpretação de situações diversas. Nascia então o primeiro recital de poesia da escola, o Palavras ao Vento.
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As crianças se envolveram de tal forma na atividade que foram convidadas a mostrar seu trabalho em um evento acadêmico de Letras, sendo em 19 de abril de 2001 a primeira apresentação oficial do grupo. “Foi muito tocante saber que muitas daquelas crianças nunca haviam sequer passado da ponte do São Francisco. Durante o trajeto que fizemos no ônibus, olhando a reação delas e ouvindo seus comentários, percebi o quanto elas haviam aprendido com aquela experiência.” Conta Wilson.
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Notou-se então a necessidade de dar uma identidade aos que haviam se destacado naquela atividade, o que viria a originar o Gamar. Wilson conta que no início houve muita dificuldade em continuar aquele trabalho, uma vez que, a própria administração da escola caracterizava como tumulto o projeto.
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Após sua implementação, verificou-se que a mudança na dinâmica da escola se dava de forma positiva, uma vez que serviu para despertar talentos e, mais ainda, pelo alcance que havia ganhado. Assim, o que teve início com um recital virou um Festival de Poesia, o Poemar, que este ano vai para sua oitava edição.
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Em 2003 o Gamar chegou a ganhar todos os prêmios do Festival Maranhense de Teatro Estudantil com o espetáculo Sonho de uma noite de verão, de Willian Shakespeare. Hoje, o grupo domina técnicas de circo, teatro e dança e apresenta espetáculos como Receita para se obter uma boa mãe, com palhaços pequeninos e lindas bailarinas e suas roupas coloridas; Baião de Dois, com dança do côco e outros ritmos regionais; O desejo de Catirina e um dos destaques, a quadrilha teatralizada, onde a ausência da fala é suprida pela construção cênica do ato do casamento e ainda .
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Wilson conta que gostaria que o Gamar pudesse acolher outros tantos integrantes, mas que dificuldades de ordem financeira e estrutural impedem que isso seja feito. Gastos com figurino, transporte e alimentação dos participantes em dias de espetáculo são pagos com sua renda pessoal. Tais limitações têm impedido o sonho e a necessidade de profissionalização do grupo, que utiliza o salão paroquial da Igreja São João Calábria para montar seus espetáculos.
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Mais que uma atividade de voluntariado, o trabalho desenvolvido pelo Gamar é de transformação social, uma vez que tem feito despertar uma cultura de troca de experiências e possibilitado, por meio da arte, a construção de uma nova e positiva identidade cultural para o bairro da Cidade Operária, tão marcado por seus inúmeros problemas sociais.
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Gamar é a sigla para Grupo de Arte Maria Aragão, que nasceu há sete anos no bairro da Cidade Operária. Atualmente o grupo é composto por trinta e cinco pessoas com faixa etária entre dois e vinte e cinco anos, que trabalham a arte como forma de transformação de uma difícil realidade.
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O idealizador do grupo, Wilson Chagas, na época professor de Educação Artística da escola Unidade Integrada Maria José Aragão, conta que, em suas aulas, começou a perceber que os estudantes tinham verdadeira aversão à disciplina que ensinava, além de uma grande dificuldade de leitura.
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Percebido tal problema, uma alternativa encontrada foi a de trabalhar a interdisciplinaridade. E assim, a sintonia causada pelo trabalho conjunto entre as disciplinas de Arte, Língua Portuguesa e História permitiu aos estudantes compreensão, contextualização e interpretação de situações diversas. Nascia então o primeiro recital de poesia da escola, o Palavras ao Vento.
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As crianças se envolveram de tal forma na atividade que foram convidadas a mostrar seu trabalho em um evento acadêmico de Letras, sendo em 19 de abril de 2001 a primeira apresentação oficial do grupo. “Foi muito tocante saber que muitas daquelas crianças nunca haviam sequer passado da ponte do São Francisco. Durante o trajeto que fizemos no ônibus, olhando a reação delas e ouvindo seus comentários, percebi o quanto elas haviam aprendido com aquela experiência.” Conta Wilson.
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Notou-se então a necessidade de dar uma identidade aos que haviam se destacado naquela atividade, o que viria a originar o Gamar. Wilson conta que no início houve muita dificuldade em continuar aquele trabalho, uma vez que, a própria administração da escola caracterizava como tumulto o projeto.
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Após sua implementação, verificou-se que a mudança na dinâmica da escola se dava de forma positiva, uma vez que serviu para despertar talentos e, mais ainda, pelo alcance que havia ganhado. Assim, o que teve início com um recital virou um Festival de Poesia, o Poemar, que este ano vai para sua oitava edição.
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Em 2003 o Gamar chegou a ganhar todos os prêmios do Festival Maranhense de Teatro Estudantil com o espetáculo Sonho de uma noite de verão, de Willian Shakespeare. Hoje, o grupo domina técnicas de circo, teatro e dança e apresenta espetáculos como Receita para se obter uma boa mãe, com palhaços pequeninos e lindas bailarinas e suas roupas coloridas; Baião de Dois, com dança do côco e outros ritmos regionais; O desejo de Catirina e um dos destaques, a quadrilha teatralizada, onde a ausência da fala é suprida pela construção cênica do ato do casamento e ainda .
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Wilson conta que gostaria que o Gamar pudesse acolher outros tantos integrantes, mas que dificuldades de ordem financeira e estrutural impedem que isso seja feito. Gastos com figurino, transporte e alimentação dos participantes em dias de espetáculo são pagos com sua renda pessoal. Tais limitações têm impedido o sonho e a necessidade de profissionalização do grupo, que utiliza o salão paroquial da Igreja São João Calábria para montar seus espetáculos.
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Mais que uma atividade de voluntariado, o trabalho desenvolvido pelo Gamar é de transformação social, uma vez que tem feito despertar uma cultura de troca de experiências e possibilitado, por meio da arte, a construção de uma nova e positiva identidade cultural para o bairro da Cidade Operária, tão marcado por seus inúmeros problemas sociais.
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Desta forma, acredito que um significado para Gamar esteja além das palavras encontradas nos dicionários. Aqueles sinônimos são poucos quando o que se quer expressar são, na verdade, sentimentos. Sentimentos esses tão evidentes no brilho dos olhos, nas expressões corporais e nas palavras daqueles que compõem o grupo e que são orgulhosos de seu trabalho. Sendo assim, fico com a definição que o grupo leva como lema, a que diz que “Gamar é arte e amor em excesso”.
Desta forma, acredito que um significado para Gamar esteja além das palavras encontradas nos dicionários. Aqueles sinônimos são poucos quando o que se quer expressar são, na verdade, sentimentos. Sentimentos esses tão evidentes no brilho dos olhos, nas expressões corporais e nas palavras daqueles que compõem o grupo e que são orgulhosos de seu trabalho. Sendo assim, fico com a definição que o grupo leva como lema, a que diz que “Gamar é arte e amor em excesso”.